A escritora Rô Mierling conheceu o Hospital de Livros do Instituto Pegaí Leitura Grátis na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG). Ela visitou o local na última quarta-feira e ficou admirada com os trabalhos realizados pelos restauradores, os apenados que passaram por capacitação e estão atuando na recuperação das obras. “É um trabalho muito importante de ressocialização”, avalia, destacando que um trabalho realizado perto dos livros pode mudar vidas.  Assim como aconteceu com ele, que teve a sua vida transformada por meio da literatura.

O Hospital de Livros está em funcionamento há um ano, com mais de duas mil obras restauradas no local, obras do Pegaí Leitura Grátis e também do sistema prisional. Pelo local passaram 24 restauradores. Os primeiros contaram com uma capacitação do restaurador e voluntário do Pegaí, Américo Nunes, e os demais foram aprendendo o ofício com seus colegas. “Interessante que eles desenvolveram novas técnicas de restauro”, destaca o coordenador do Instituto Pegaí, Idomar Augusto Cerutti.

Além da escritora Rô, que esteve em Ponta Grossa participando das comemorações de aniversário de quatro anos do Pegaí Leitura Grátis, o Hospital de Livros já contou com mais de 150 visitantes. “Até pessoas da Holanda vieram conhecer nosso trabalho”, exulta o restaurador e desenhista do Hospital de Livros, William Starke, que teve sua rotina na Penitenciária transformada com seu novo trabalho.

Para manter o funcionamento do Hospital de Livros, o Pegaí Leitura Grátis conta com algumas empresas como mantenedoras. Virtual Software para seguros, Unimed Ponta Grossa, iPrint Gráfica e Agência Eletricka Klupp.