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Desapego do bem!
18/05/2020

João Carlos Tosin Junior encontrou o Pegaí nas redes sociais. Conhecer mais sobre o projeto, fez ele entender a importância do desapego

          Doe livros que você gostaria de ler! É essa a mensagem que o Pegaí Leitura Grátis passa para mostrar às pessoas o tipo de livro que pode ser doado para o projeto. Em tempos de pandemia e isolamento social, em que algumas pessoas têm mais tempo para limpar gavetas e arrumar estantes, as divulgações incentivando as doações de livros se intensificaram. E já trouxeram importantes resultados.

         Um desses posts de Facebook encontrou o leitor João Carlos Tosin, de Curitiba (PR), e despertou a curiosidade dele. Inicialmente, ele entrou em contato com o Pegaí para doar cinco livros. Ao conhecer mais sobre o projeto e sobre a missão de “aproximar livros sem leitores de leitores sem livros”, João Carlos percebeu que esse seria um desapego do bem. E o resultado foi uma viagem à Ponta Grossa, para a doação de 470 livros.

         “Nunca tive o costume de doar livros. Normalmente eu fazia troca, venda. Essa é a primeira doação que eu faço. Eu já estava com problema de espaço na minha casa. Mas conhecer o Pegaí e ver que a minha doação vai possibilitar que outras pessoas possam ter acesso a esses livros também, me deixa muito mais feliz do que pensar em vender ou deixar guardado”, compartilha João.

         João Carlos é um leitor aficionado, que tem preferência por poesia e romances. Gosta mesmo é do clássico. Mas a sua inspiração e o gosto pela leitura, na verdade, teve influência da música. Quando adolescente, devido ao gosto por rock, acabou encontrando a biografia de Jim Morrison, vocalista da banda The Doors. “O vocalista era um leitor ávido. Ele era um cara inspirado na literatura, que também tinha lido muita poesia. E eu comecei a ler os livros que ele leu, por ser fã dele. Uma coisa foi puxando a outra”, revela João. De lá pra cá, a história de João com os livros só se fortaleceu. 

         Por causa da pandemia, João Carlos não pode conhecer o portal do Pegaí e os livros doados ainda estão guardados, a espera de serem disponibilizados nas estantes. Mas ele garante que o desapego fez bem e que logo mais ele voltará a Ponta Grossa para conhecer melhor o Pegaí, o trabalho realizado pelo time de voluntários e fazer nova doação. “Houve um tempo em que eu me orgulhava de ter uma biblioteca grande. Agora consigo perceber que isso não faz tanto sentido”, finaliza João, satisfeito por poder contribuir para que mais pessoas tenham acesso a boas histórias e novas aventuras através das páginas dos livros.