O Pegaí-Leitura Grátis virou a biblioteca de Seu Edson. O ponto de encontro dele com os livros é o armário localizado no campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Freqüentemente o senhor pega sua bicicleta e vai dar uma olhada nas novidades. De lá, o ele diz que já retirou cerca de 200 títulos. “Leio em média dois livros a cada semana, e desde o começo da proposta”, contou Edson ao idealizador do Pegaí, Idomar Augusto Cerutti, que “ganhou o dia” após a conversa informal enquanto repunha as obras no local. “Esta é a razão do Pegaí existir”, avalia.

Além de ‘devorar’ os livros do Pegaí, Edson coloca em prática a proposta de aproximar livros de leitores em sua casa mesmo. “Já peguei livros que lá em casa passou na mão de pelo menos quatro pessoas”, contou, acrescentando a diversidade de títulos nas estantes. “Encontro muitos bons livros. Livros de autores famosos que eu gosto, e livros que ainda não tinha lido”, completa.

Seu Edson contou ainda que já tem gente de fora sabendo e curtindo o Pegaí. “Eu estava no meio do mato e o Pegaí era o assunto”, relatou, contando que esteve em Dorizon e que tinha gente ligando a cidade de Ponta Grossa com a proposta de Leitura Grátis. “Enquanto fazia uma caminhada ecológica encontrei um pessoal e comecei a conversar. Me apresentei, e quando contei que era de Ponta Grossa a pessoa disse: ‘Nossa! Lá vocês tem livros a disposição dos leitores dentro dos supermercados’”, relatou.

Para o leitor, o Pegaí é uma proposta espetacular. “Os livros devem circular mesmo”, finalizou.